Sabe, eu tenho escrito tanto sobre você que acho que tem você nas minhas linhas, entrelinhas e até mesmo nas linhas que ainda não escrevi.
Você chegou assim do nada e sem que eu esperasse, ou sequer imaginasse, foi ganhando um espaço no meu peito e depois se aprofundando e criando raízes em um lugar que há muito estava fechado para balanço: meu coração. Seu jeito meio bobo de ser foi marcando minha alma e acabou por marcar também minha memória, insistindo em ficar e ficar e continuar ficando da hora que eu acordo até quando eu me deito...
E é exatamente por essas marcas que eu te escrevo. Para e sobre você. Por que você me inspira como ninguém mais...
Não sei se é só saudades que sinto de você. Acho que não. O que sinto quando você vai embora ultrapassa tanto os limites do que é saudade e pode ser explicado, que já não encontro palavras no vocabulário pra definir o que sinto.
Acho que é o efeito das suas mãos quentinhas que se entrelaçam nas minhas; mas também pode ser pelo jeito que você me olha e me lê corpo e alma; ou pela forma que seu sorriso me faz sorrir também; ou pelo seu toque macio; ou pela sua fala mansa que me acalma o coração; ou por suas brincadeiras e pegadinhas bobas; ou simplesmente o fato de eu te amar mais que profundamente.
A verdade é que escrevo também por esse sentimento inexplicável que falei agora a pouco. Por essa dor aguda que se transforma em dor física quando você se afasta de mim. Porque você é tão meu que até o sangue que corre nas minhas veias sente a tua ausência e porque o oxigênio me falta sempre quando não tenho você por perto.
Porque eu te amo.
Acho que é o verdadeiro motivo de te escrever.
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