Por um amor que transborde

Meu bem, a gente se encontrou em uma das esquinas da vida e nosso olhar se encontrou também. Se encontrou , se cruzou, se encarou e se fez amor ali mesmo. E a gente nem percebeu, e seguiu direções diferentes. Até o fruto daqueles olhares crescer em nós.

Olha, se eu voltei naquele dia e você voltou também, se a gente se fez amor e se a gente se fez um do outro, quero te pedir um favor. Quero que você me diga que a gente se fez amor, mas se fez um amor de verdade, daqueles sem meio-termo, daqueles que duram.

É que meu bem, eu não sou mulher de quases e nem de meias coisas. Ou é por inteiro, ou não é. Pra mim é simples e o que te peço é só um amor sem porquês, comos nem quandos. Muito menos talvezes.

O amor que eu quero é banhando em vermelho. É feito de carinhos, beijos, abraços, amassos e verdades escancaradas sussuradas sem pudor ao pé do ouvido. É feito de laço apertado, infindável, interminável e indissoluto. É feito assim, sem mais nem menos e sem menos nem mais. Apenas é.

O amor que eu quero é daqueles que consomem, que dilaceram a carne, que fazem o corpo convulsionar e o coração acelerar numa taquicardia de quase morte a cada novo encontro. É daqueles que fazem a pele arrepiar, cada parte do corpo se ativar, é daqueles que fazem quase enlouquecer em um êxtase misto de prazer e devoção pelo ser amado.

O amor que eu quero é daqueles que transbordam, meu bem. Daqueles que causam inveja até em Afrodite e que se identificam só no olhar. Daqueles em que a gente não precise dizer nada e que ainda assim o universo perceberá, que eu sou sua, você é meu e amor não nos faltará.