As palavras
escritas sempre foram a fuga para liberar aquilo que minha boca não conseguia
verbalizar, ainda que eu tentasse. Mas dessa vez é diferente. Não sei se quem
mudou foi eu ou foram as circunstâncias.
Ultimamente eu
tenho corrido loucamente. Minha vida se transformou numa mistura constante de
excitação e medo excruciante de uma dor que eu sinto e não consigo explicar. E
eu corro. E continuo correndo de algo que me assombra, mas que ao mesmo tempo
me é desconhecido.
Eu até te liguei,
sabe. Tinha certeza de que falar com você mudaria alguma coisa. O problema é
que eu não consegui falar. E dessa vez nada do que você falou me convenceu. Eu
já te disse, não disse? Não sei se quem mudou foi eu ou foram as
circunstâncias.
Talvez eu seja só
imatura demais pra tudo isso. Talvez eu realmente não estivesse preparada para
encarar o mundo de frente. Talvez eu não estivesse preparada para você. Ou
talvez eu simplesmente não estivesse destinada a ser sua, não posso te culpar
por isso.
Só sei que esses
últimos dias eu tenho pensado muito. Eu tenho entrado todos os dias naquele
mesmo ônibus do qual te falei tempos atrás. É, aquele mesmo, aquele em que eu
fiz amizade com o motorista. Sim aquele motorista que sempre conversa comigo.
Aquele que sabe de nós. Tenho entrado todos os dias naquele mesmo ônibus e
colocado o meu fone de ouvido. E tenho ouvido as mesmas músicas. E tenho
pensado sempre a mesma coisa. Tenho pensado que talvez a gente não seja pra
ser. Eu te falei que quando tem que ser é, não falei? Talvez a gente não seja,
afinal.
E a verdade é que
eu não sei como explicar isso. A verdade é que eu tenho medo de verbalizar algo
e perceber que isso é de fato o que eu sinto. A verdade é que eu tenho medo
estar confundindo as coisas. A verdade é que eu tenho medo de errar e causar
danos irreparáveis. Nunca gostei de danos colaterais, sabe? Claro que sabe, eu
te falei desde o começo o quanto eu odeio sofrer.
E enfim talvez
tenhamos chegado ao fim. Não sei se é o que sinto de fato, ainda não consegui
ter certeza. A única certeza é que eu definitivamente ainda gosto de você, é só
que... talvez, eu não te ame mais.
ficou lindo sabe verdadeiro , sincero amei
ResponderExcluirfaça mais vezes e me avisa vou ter o prazer de ler =))
xoxo
http://loucaapaixonada22.blogspot.com.br/
Muito obrigada mesmo!
ExcluirBeijos
Lindo e sensível. Ah como são difíceis os danos colaterais....
ResponderExcluir@teddyzaccara
Obrigada, são difíceis mesmo...
ExcluirQue texto profundo. É difícil fazer essa diferenciação de gostar e amar, ainda mais quando convivemos com a pessoa constantemente e por um longo período de tempo.
ResponderExcluirM&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de novembro
Realmente difícil!
ExcluirBeijos