terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Incompreensão


São 5:16 hrs. Eu não consegui dormir. Eu tô aqui no escuro escrevendo pra tentar entender a barreira invisível que se colocou entre nós esta noite.

Não tá tudo bem. Definitivamente não. Não tem nada de normal em eu ter dormido sozinha hoje. Não tem nada de normal no fato do teu corpo não ter procurado abraçar o meu na madrugada. Não tem nada de normal e eu sinto medo. Eu sinto medo de te perder por causa de algo que eu nem sei o que é.

Eu levantei no meio da noite, sabe. Depois de longas horas contemplando a escuridão desse quarto, decidi que engolir o meu orgulho e ir até você. E eu fui; e te abracei. Mas no seu abraço, que costumava ser meu aconchego caloroso e protetor, eu só encontrei o frio. Que vontade de chorar. Eu estou em uma geladeira e nem mesmo sei porquê.

Eu tentei te perguntar. Mesmo com toda a minha imaturidade, eu tentei entender o que tava acontecendo. Você não me respondeu. Na verdade me disse que estava com sono. E eu me pergunto agora, como poderia você estar dormindo tão bem quando eu continuo aqui tentando entender quando foi que as coisas começaram a dar errado.

São 5:27 hrs agora. Achei que escrever me ajudaria a entender, mas talvez eu nunca entenda. Só sei que nosso quarto parece o pólo norte. E nesse momento a única coisa que me aquece são as lágrimas mornas que caem incessantemente dos meus olhos.

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