(E ainda De volta aos Sonhos entre eles)Olá migx! Aqui estou eu para falar de uma certa mania minha: ler dois livros de uma vez. Sim, é triste e eu não consigo evitar. Essa minha sina por sempre querer algo novo faz essa maldade comigo. Falta de foco, distúrbio ou só loucura, me sinto bem ao ler livros num mesmo espaço de tempo, apesar de algumas pessoas reclamarem que não conseguem se lembrar da história e que isso prejudica o envolvimento, eu discordo em alguns pontos...
Vejamos:
O livro "O Diário de Helga", como o nome diz, é um diário de uma menina judia nos campos de concentração. É impossível não se envolver com a história pelo seu caráter pessoal, pelo sentimento verdadeiro com o qual o leitor se identifica e se emociona no decorrer do livro. Acho que as ilustrações (prometo que vou arranjar outra palavra: figurinhas) dão um caráter primeiramente infantil (Helga começa o diário ainda criança), realista, mas ainda com um toque de ingenuidade, mostrando o dia-a-dia no Campo de Terezín e todas as medidas tomadas pelos alemães nazistas na época. Uma bela e sensível forma de conhecer e ter noção do terror que fora ser um judeus nas mãos nuas e cruas dos nazistas.
Sinopse: "Calcula-se que das 15 mil crianças que passaram pelo campo de internamento de Terezín, na Tchecoslováquia, apenas cem chegaram com vida ao fim da Segunda Guerra Mundial. Helga Weiss, uma dessas raras sobreviventes, é autora de um dos mais comoventes testemunhos do Holocausto. Em 1938, por ocasião da ocupação nazista da Tchecoslováquia, a menina de 8 anos, filha de um bancário e uma costureira, começou a escrever em um caderno suas impressões. Seus escritos e desenhos registram com o olhar infantil tudo o que aconteceu com sua família, desde a segregação dos judeus ainda em Praga até a desumana rotina de privações e doenças de Terezín, onde um carro fúnebre fazia rotineiramente o transporte de gêneros alimentícios. Depois de três anos em Terezín, Helga e sua mãe viveram uma tétrica peregrinação por campos de extermínio como Auschwitz, onde a menina escapou por pouco da câmara de gás. Ao final da guerra, Helga, então com 15 anos, acrescentou o relato dessa experiência a seu diário. Em cada palavra e desenho, há uma lembrança de um passado que não pode ser esquecido. Artista plástica respeitada, Helga Weiss, 83 anos, vive em Praga, no mesmo apartamento onde morou com os pais antes da deportação."
Já Revolução dos Bichos, tem um "pegada" (HAHAHA) completamente diferente. Com ares de fábula, a sátira mais conhecida de George Orwell consegue ser divinamente genial. Tudo começa com um sonho de um dos porcos mais sábios e respeitados da fazenda. Esse sonho, inspira todo os animais a lutar pela liberdade e pela destruição da escravidão homem-bicho. O tão sonhado dia da revolução chega e em meio às flores da igualdade, lançam o lema: "quatro pernas bom, duas pernas ruim." Para simbolizar a fraternidade entre todos os animais, mas a aversão a toda aquela opressão humana.
Sinopse: "Num belo dia, os animais da fazenda do sr. Jones se dão conta da vida indigna a que são submetidos: eles se matam de trabalhar para os homens, lhes dão todas as suas energias em troca de uma ração miserável, para ao final serem abatidos sem piedade. Liderados por um grupo de porcos, os bichos então expulsam o fazendeiro de sua propriedade e pretendem fazer dela um Estado em que todos serão iguais.
Logo começam as disputas internas, as perseguições e a exploração do bicho pelo bicho, que farão da granja um arremedo grotesco da sociedade humana."
Impossível não comparar as figuras de Napoleão e Bola de Neve à Stálin e Trótsky. As comparações são INCRÍVEIS! E Orwell consegue, como ninguém, desenvolver os perfis mais sujos do homem em personagens primeiramente tão puros e revolucionários. As palavras finais do autor são o encerramento perfeito, palavras sutis que conseguem chocar e incitar à reflexão de forma simples, mas que te levam pra outro mundo.
De forma geral, as duas obras não se chocam. Sendo completamente possível conseguir se entregar de corpo e alma a elas. E não me digam que isso é frescura! HAHAH Pra mim, ler um livro é um ritual, se você não se entrega pra aquilo que o livro pode te oferecer, você acaba por perder uma história incrível por não ter mergulhado em outro mundo o suficiente.
Acho que eu não conseguiria ler dois romances (estilo) de uma vez, porque acho que as melosices se chocariam. Preciso, pra ler dois livros simultaneamente, de histórias distintas, de estilos distintos.
Vi também que essa prática ajuda a melhora (estou esperando a melhora da minha memória ainda. Mas quem acredita ~e lê dois livros de uma vez~ sempre alcança)
É isso galere!
Beijos no core <3
Tive que ler A Revolução dos Bichos ano passado, para um trabalho de história. E olha, agradeço ate hoje àquela professora. Esse livro é ótimo, gostei tanto dele que até hoje não me conformei com o fato dele ser curtinho. rsrs
ResponderExcluirhttp://psicotendencia.blogspot.com.br/